O Museu Nacional do Traje apresenta, nos próximos meses , a exposição temporária Pele sobre Pele.
Esta exposição, inserida na linha de exposições Colecções ao Pormenor, reúne peças de traje e acessórios de pele com pelo, pertencentes à colecção do Museu Nacional do Traje e pretende dar visibilidade a um material cujo uso e função – controversos – percorrem a história das sociedades ao longo do tempo, acompanhando a sua evolução tecnológica, variando utilizações, aplicações e tipologias segundo o contexto histórico, cultural, social e gosto pessoal do seu criador/utilizador.
Os trajes e acessórios que agora se apresentam são testemunhos de um tempo, de uma história que, se revela uma beleza inerente, remete também para a dureza das condições de vida. Elemento de protecção e agasalho, elemento invocador de poderes mágico-simbólicos, elemento agregador de atributos estéticos, emblema de poder e fonte de polémica, estas são algumas das associações habitualmente conotadas com o uso das peles.
Pele sobre Pele, exposição temporária que conta com 40 peças, é apresentada no Salão Nobre deste Palácio, a primeira sala do actual percurso expositivo que, tematicamente, se inicia com o traje do século XVIII.
A opção por este espaço para apresentação de exposições temporárias prende-se com razões de conservação preventiva. As normas internacionais aconselham a que as peças têxteis estejam expostas por curtos períodos de tempo, intercalados com períodos de “descanso”, necessários pelo esforço a que as fibras são sujeitas. O número de peças do séc. XVIII existentes na colecção deste Museu não permite a rotação das peças daquele período, pelo que este núcleo é apenas exposto ciclicamente.
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