Tive a oportunidade de visitar recentemente a colecção de arte do museu. Fiquei surpreendida com a variedade de espólio existente, com peças que vão da Antiguidade, passando por todos os períodos, até à arte Contemporânea, e sendo uma colecção constituída sobretudo por ofertas de coleccionadores e artistas.
Como não poderia deixar de ser, também se verifica a representação da colecção têxtil, como referido no site do museu:
"Na secção de têxteis, salientam-se 4 tapeçarias monumentais, encomendadas pelo Rei das Descobertas - D. Manuel I - tecidas em Tournai no 1º. Quartel do Séc. XVI. Pelo seu enorme valor cultural, estas peças constituem um meio privilegiado para a compreensão do século XVI, das relações entre Portugal e a Flandres até à influência das Descobertas Portugesas na arte ocidental."
Mas não apenas representada por tapeçarias, a colecção mostra colchas sino-portuguesas, tapetes orientais, peças de paramentaria (destacando-se conjuntos de casula, dalmáticas, estolas e manípulos do século XVII)...
Em local de destaque, surge também um tapete de arraiolos do século XVII, que curiosamente vem referenciado no estudo que F. Baptista de Oliveira publicou sobre Tapetes de Arraiolos. Destaca-se neste exemplar, a combinação do ponto de arraiolos, feito todo na direcção longitudinal, com ponto pé-de flor a contornar os desenhos da barra.
imagem retirada do livro: Oliveira, F. Baptista - História e Técnica dos Tapetes de Arraiolos, Sistema J - Editora, 7ª ed.,Venda Nova, 1995.
Informação complementar: Blogue sobre tapetes de Arraiolos
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